Quem nunca viu um cachorrinho com medo de raios e trovões? Ou aquele que não pode nem passar perto de um banho e tosa?
Medos e fobias são comuns em cães, sua origem pode estar relacionada a um trauma sofrido ou a falta de exposição ao que provoca medo quando filhote. Predisposição genética a reações emocionais, ansiedade e reforços não intencionais de resposta ao medo por parte do proprietário intensificam ainda mais os medos e fobias.
Podemos caracterizar um sinal de medo, fobia ou ansiedade aquele animal que fica com a cauda abaixada, tenta se esconder, pede colo, late em excesso, choraminga. Aqueles que apresentam um quadro de pânico ainda podem apresentar taquicardia (batimentos cardiacos acelerados), taquipneia (respiração ofegante), vômitos e diarréia.
Para conseguirmos ajudar esse cãozinho a superar os medos, precisamos, principalmente, fazer uma mudança comportamental. Em casos graves, uso de calmantes, ansiolíticos, florais e outras drogas podem ser necessárias.
Mudança Comportamental:
- Não se deve punir nem tentar confortar o animal quando ele apresentar fobia.
Para aquele que busca colo, durante a tempestade, antes de entrar no banho, por exemplo, não se deve dar afago.
- Dessensibilização
Exposição ao estímulo em um volume que não induza ao medo. O volume só deve ser gradativamente aumentado apenas se o animal permanecer tranquilo.
- Punição
Em alguns casos punir o animal por algum mal comportamento exibido pode ser necessário, porém deve-se tomar cuidado com a tecnica escolhida. Para alguns animais por exemplo, ficar forçadamente confinados pode ser ainda mais estressante e alguns chegam a se machucar na tentiva de escapar.
- Adestramento:
Também chamado de contracondicionamento, ensinar truques básicos como sentar e deitar, podem ajudar no momento que o animal demonstra sinais de medo, ajudando-o a relaxar e a ter um auto-controle.
Empregar as tecnicas de adestramento e dessensibilização de maneira inapropriada pode agravar o problema, por isso se você tiver dificuldade procure uma ajuda especializada de um profissional de comportamento animal ou adestradores.
É importante também entender que o quanto antes trata-se as alterações de comportamento, mais fácil para revertermos o quadro de fobia.
Filhotes, até as 14 semanas de vida devem ser socializados, pois assim diminue o risco do desenvolvimento de fobias. Um animal nessa fase da vida, não pode ir na rua, ou a banho e tosa, ou até entrar em contato com outros cães, já que ainda não está com as vacinas completas, porém, em contrapartida, recomenda-se que este animal frequente, NO COLO, ambientes que tenham outros animais, que ele veja, crianças, adultos, frequente locais com barulho e silenciosos e etc. O animal que presencia quando filhote uma Variedade ambiental, tende a se tornar equilibrado quando adulto.
Doenças degenerativas, principalmente ligadas a velhice também podem estar relacionadas ao desenvolvimento de medos e fobias.
Uma das doenças comportamentais mais comuns aos cães é a ansiedade de separação, uma doença relacionada à ausência de um ou de todos os membros da família, ou então quando o animal não tem acesso ao dono. Um típico cão que apresenta a doença é aquele que faz xixi na casa toda quando o dono sai, ou que late sem parar quando está sozinho, ou então lambe frequentemente as patas, chegando até a causar lesões nas patinhas.
Assim como nas fobias, a principal maneira para combater a progressão da ansiedade é com alteração comportamental, veja mais dicas no post sobre ansiedade de separação, clicando AQUI
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